Nos dias atuais, enquanto todos falam da crise econômica, crise financeira e queda no volume de emprego (uma crise real, pelos números recentes apresentados), muitos empresários, empreendedores e executivos olham para além da crise, buscando identificar ganhos e oportunidades futuras.
Eles olham para o “pós-crise”! Sim, por que em situações nas quais o mercado se retrai, surgem grandes oportunidades para “reaprender” a trabalhar, partir para novos desafios e mercado ou fazer o mesmo, mas de uma forma totalmente diferente.
Mas comete um grande engano, quem pensa que demissões em massa, corte de despesas mal planejadas e redução do lucro são ações que resultarão em ganho futuro. Não! Ações como estas, são consideradas de “curto prazo”, ou na linguagem normativa de sistemas de gestão (ISO), consideradas “Ação Imediata”. Essas ações de redução ajudam a “estancar o sangramento”, mas não evitam que no futuro, a “ferida volte a abrir” e os problemas se repitam.
Pensando nestes desafios postos aos empresários, empreendedores e executivos, nós da SOWER Partners, acreditamos que toda melhoria ou mudança nas empresas devem ser fundamentadas no seguinte questionamento: “Essas mudanças internas, estão gerando Valor para o Cliente? ”.
Se a resposta for sim, certamente seu plano de ação está bem encaminhado e terá grandes chances de gerar bons resultados no longo prazo. Agora, se a resposta for não, e tudo que a empresa estiver executando, como redução de custos, corte de funcionários, férias coletivas, lay-off, entre outras, não gerar nenhum valor para o cliente, ou seja, se o cliente não for beneficiado em momento algum, certamente as ações terão mais pontos negativos do que positivo, e são grandes as possibilidades de insucesso.
Veja esse exemplo: “A empresa “XPTO” teve corte de despesas, redução dos custos e, assim, uma economia de 10%. Mesmo assim, dado o aumento do valor da matéria prima, dos impostos diretos e indiretos e do custo logístico (todos eles externos e não passíveis de cortes no curto prazo), o valor do produto final aumentou 20%. Qual o valor gerado para o cliente? E mais: o cliente sabe de todas as mudanças internas ou somente que o produto está 20% mais caro? Com certeza o cliente só irá se atentar ao aumento de valor do produto.
Este exemplo pode ser uma simulação, mas muitas empresas estão neste cenário: com o aumento dos custos fixos e variáveis, os produtos estão com o valor unitário mais altos, e consequentemente, esse aumento é repassado para o cliente final.
Mas o que fazer para sair desse “ciclo vicioso”? Como nossas empresas podem lucrar se os custos estão cada vez mais altos e as vendas não param de cair?
Em nosso entendimento, a principal resposta para esta questão é saber quais atividades operacionais e de gestão Geram Valor para o Cliente?
Será que as organizações estão se concentrando em identificar se as atividades operacionais do dia a dia estão no seu melhor desempenho? Essa é uma das primeiras ações para ser feita em uma empresa: Identificar atividades que geram e que não geram valor. E o principal ponto neste processo é destacar as atividades que geram valor, e não as pessoas!
A necessidade de diferenciar Pessoas de Atividades, se torna ainda mais importante a partir do pressuposto de que podemos ter os melhores profissionais em nossa empresa, mas se eles estiverem envolvidos em atividades que não geram valor, certamente estarão desperdiçando tempo, trabalho e, consequentemente, dinheiro. As pessoas nas organizações precisam direcionar seu trabalho para aquilo que importa e impacta ao cliente. Caso contrário, seu papel na organização perde o sentido.
Para identificar as atividades que geram valor, fazemos uso da metodologia de Gestão por Processos. Com ela, é possível mapear e identificar todas as etapas, pessoas, ferramentas, controles e conteúdo gerado em cada processo existente na empresa, seja no processo produtivo ou no administrativo (financeiro, RH, compras, jurídico, cobrança, entre outros).
Com uma empresa orientada pela Gestão por Processos, é possível acompanhar, medir e ajustar instantaneamente todo o passo a passo que os setores desenvolvem para produzir e/ou entregar seu produto ou serviço. Além disso, uma empresa orientada por Processo, consegue eliminar, sem prejuízo algum para o negócio, cliente ou resultado da empresa, as atividades que não geram valor, conquistando assim maior eficiência operacional.
Por tanto, para vencer a crise, além de estabelecer ações imediatas, como reduções de despesas e cortes, é preciso estruturar e gerir todos os processos da sua organização para ter uma melhor eficiência a médio/longo prazo. Por meio da Gestão por Processos, a análise do seu negócio será mais crítica, possibilitando assim identificar com mais clareza e assertividade, os gaps, pessoas, controles e atividades que impactam diretamente na eficiência da organização e geração de resultado.